quinta-feira, 25 de abril de 2013


       Resumo do filme, “O que é isso Companheiro!

Por: Odemir Silva[1]

Atividade Acadêmica Apresentado por: Igor M. Carneiro, Cursando o 3º Ano do Ensino Médio na disciplina de Sociologia na Escola Estadual Maria Regina Demarchi Fanani.



“O Que É Isso, Companheiro?", conta a história em 1964, quando um golpe militar derruba o governo democrático brasileiro e, após alguns anos de manifestações políticas, é promulgado em dezembro de 1968 o Ato Constitucional nº 5, que nada mais era que o golpe dentro do golpe, pois acabava com a liberdade de imprensa e os direitos civis. Neste período vários estudantes abraçam a luta armada, entrando na clandestinidade, e em 1969 militantes do MR-8 elaboram um plano para sequestrar o embaixador dos Estados Unidos (Alan Arkin) para trocá-lo por prisioneiros políticos, que eram torturados nos porões da ditadura.

·        Situação Política na época:
A situação política da época era pesada e todos que se opunham ao
Regime do governo era torturado em porões.
Esse regime era conhecido como “Ditadura Militar”, que começou com o
Presidente João Goulart e se aprofundou com o conhecido Getulio Vargas.

·       Situação mais crítica da Ditadura:

Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários problemas. A inflação é alta e a recessão também. Enquanto isso a oposição ganha terreno com o surgimento de novos partidos e com o fortalecimento dos sindicatos.

Em 1984, políticos de oposição, artistas, jogadores de futebol e milhões de brasileiros participam do movimento das Diretas Já. O movimento era favorável à aprovação da Emenda Dante de Oliveira que garantiria eleições diretas para
presidente naquele ano. Para a decepção do povo, a emenda não foi aprovada pela Câmara dos Deputados.

No dia 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheria o deputado Tancredo Neves, que concorreu com Paulo Maluf, como novo presidente da República. Ele fazia parte da Aliança Democrática – o grupo de oposição formado pelo PMDB e pela Frente Liberal.
Era o fim do regime militar. Porém Tancredo Neves fica doente antes de assumir e acaba falecendo. Assume o vice-presidente José Sarney. Em 1988 é aprovada uma nova constituição para o Brasil. A Constituição de 1988 apagou os rastros da ditadura militar e estabeleceu princípios democráticos no país.  

                        Evento, Local e Atores Sociais da época:
                                          Principais Pessoas:

·       Gal Medici;
·       Geisel;
·       Figueiredo;
·       Estudantes.
                                     Eventos:

·       As torturas;
·       Golpes econômicos;
·       Política rigorosa;
·       AI5.
                                    Local:
Ocorreu em Todo o Brasil, portanto mais acentuado no eixo RIO-SÃO PAULO.






[1] Docente das Disciplinas Sociologia e Filosofia

O Inicio da Música Brasileira


Por: Odemir Silva[1]
Trabalho Acadêmico Apresentado pelas as discentes: Beatriz de Almeida, Patrícia Carnauba, Thais Scaramuzza, Vanessa Damasceno, Cursando o 2º Ano do Ensino Médio na disciplina de Sociologia na Escola Estadual Maria Regina Demarchi Fanani


                      

Assim como a dança e a comida, a música também é um marco regional e um patrimônio cultural típico de cada reg

ião do Brasil. Um ritmo pode ser escutado em várias regiões diversas, até porque a música é uma linguagem mundial, mas, cada região tem uma música típica, que de certa forma expressa a forma de viver, o sofrimento, as alegrias típicas do povo que ali vivem. Alguns ritmos possuem influências internas e externas. Cada região possui uma cultura, sendo desta cultura, também as músicas, ritmos, danças.
A música brasileira se formou a partir da junção de elementos da Europa e da África que foram trazidos por colonizadores e escravos.
Até XIX Portugal foi a maior entrada das influências  para a musica brasileira. A maior contribuição da Europa foi o ritmo nas musicas e os elementos africanos que influenciaram foram algumas danças e instrumentos, que tiveram influencia principalmente na musica popular e folclórica, nascendo a partir do seculo XX.
Ao longo do tempo, outros países trouxeram influencias musicais para o Brasil, como a Italia, a França e danças como zarzuela, o bolero e habanera de origem espanhola e as valsas, muito conhecidas no seculo XVII e XIX.
A música brasileira mistura elementos de várias culturas, principalmente as chamadas culturas formadoras: a dos colonizadores portugueses (européia), a dos nativos (indígena) e a dos escravos (africana). É difícil estabelecer com certeza os elementos de origem, mas sabemos que algunsinstrumentos musicais, por exemplo,são tradicionais de certas culturas. Como a Flauta, o Violão, o Piano que são influência da cultura Europeia. O chocalho é de influência indigena. Berimbau, agogô e atabaques (tambores) são instrumentos de origem africana.
A diversidade de culturas origina a diversidade da música em nosso país. Quando as terras brasileiras eram habitadas unicamente por indígenas, a música se resumia a seus cantos típicos e sons tribais. Com a vinda de escravos africanos, veio também o Lundu, que possuía um caráter fortemente sensual e uma batida rítmica dançante.
A partir das missões jesuíticas instauradas no brasil, os padres introduziram noções básicas da música européia aos índios e lhe apresentaram os instrumentos musicais. Dessa forma, a música sacra, as melancólias Baladas e as Modas Portuguesas também contribuíram para nossa formação musical.
Quase no final do séc. XIX, surge o Choro ou Chorinho, uma mistura do Lundu, da Modinha e da dança de salão européia. No início do séc. XX , surgem as bases do que um dia se tornaria o nosso Samba.
Nos morros, os batuques começam a se misturar: os pagodes com as rodas de capoeira e as batidas em homenagem aos orixás. Com o surgiento e a popularização do rádio, entre 1920 e 1930, o crescimento da música popular se expande: a partir de 1940, surge o Baião, o Samba-Canção e ao final da décade de 50, a Bossa-Nova.
Da década de 80 e 90 em diante, os estilos musicais passam a ser influenciados pelo exterior e também pela televevisão, que já era um acessório popular nos lares brasileiros. Essas são décadas caracterizadas em parte pelo Rock, pelo Punk e o New Wave.
A próxima década é marcada pelo crescimento da música sertaneja, de forte caráter romântico, e também pelo RAP, cuja suas primeiras manifestações aqui no Brasil se deram na verdade nos anos 80's, qaundo nomes marcantes gravaram seus primeiros discos de vinil.
O Brasil é um país com gêneros diversificados como a MPB, a bossa nova, o choro, o sertanejo, a marchinha, o brega, o baião, o samba, a jovem guarda, o frevo, o rock, o jazz, o reggae, o pop, o heavy metal, o funk, o pagode, o axé, o frevo, a musica nativista e etc.
Mesmo com tantos gêneros, ainda existem misturas destes que formam novos gêneros. O sertanejo até os anos 40 era denominado como regional, hoje o termo se aplica as vertentes mais comerciais da musica caipira, onde a base vem das modas de viola e agora ganharam um novo estilo chamado sertanejo universitário. A MPB tem origem do samba, ritmos nordestinos, do jazz e do popo, como destaques de compositores são Caetano, Gil, Chico Buarque, entre outros. O choro ou chorinho surgiu no Rio de Janeiro, por volta de 1850, o maior destaque desse gênero é Pinxinguinha. A marchinha cresceu com o samba e hoje em dia é usada como música nos carnavais a partir dos anos 20. O bailão surgiu a partir dos anos 70, com origem principalmente do forró. O samba é o o ritmo mais importante do país, adotado como simbolo nacional, nasceu dos batuques africanos e se formou no final do século XIX, a partir do samba nasceu o samba de gafieira e o samba-canção, nos anos 80 se renovou em forma de pagode e se misturou com o pop, a MPB e a eletrônica. A música nativista é caracteristico do Rio Grande do Sul e que tem como principais temas o amor pelo estado, campo, cavalo, rios e mulher. O frevo manteve-se restritamente a Pernambuco e virou tradição no carnaval baiano. O rock começou timido nos anos 50 e foi engolido pela jovem guarda, nos anos 70 aumentou com a ajuda de Rita Lee e Raul Seixas, nos anos 80 voltou com nomes como Lulu Santos, Paralamas, Titãs e entre outros, onde dentro do rock, entram vários subgêneros.
Mesmo com tanta diversidade na música brasileira, muitos brasileiros, principalmente os jovens da atualidade não dão tato valor á música nacional e sim ás músicas produzidas fora do Brasil.    

Regiões e suas diversidades:
Na  região Nordeste  os ritmos que predominam são: forró (romântico , eletrônico) e  suas variações, como o xote, baião, axé, reggae, pagode, baiano, MPB, arrocha.
Forró: É um ritmo e dança praticado nas festas juninas e outros eventos. O forró é associado aos outros ritmos da região, o baião, quadrilha, xaxado que também possuem influências holandesas. São tocados tradicionalmente por trios, compostos de um sanfoneiro, um zambumbeiro e um tocador de triângulo. Também é conhecido como arrasta-pé e bate-chinela.
O forró tem semelhanças com o arrastar dos pés dos indios. A dança do forró tem influência direta das danças de salão europeias. Além do forró tradicional, existem outras variações como o forró eletrônico, uma forma modernizada do forró surgida no inicio da década de 90 que usa elementos eletrônicos em sua execução, como a bateria, o teclado, o contrabaixo e a guitarra elétrica. E o forró universitário que é uma espécie de revitalização do forró tradicional, que acrescenta contrabaixo e violão aos instrumentos tradicionais, sendo a principal caracteristica os três passos básicos, “2 para lá e 2 pra cá”.
Reggae: é um genêro musica que se originou na Jamaica, no fim da décado de 60. O reggae se baseia num estilo rítmico caracterizado pela acentuação no tempo fraco, conhecido como skank. O estilo normalmente é mais lento que o ska, porém mais rápido que o rocksteady, e seus compassos normalmente são acentuados na segunda e na quarta batida, com a guitarra base servindo ou para enfatizar a terceira batida, ou para segurar o acorde da segunda até que o quarto seja tocado. É principalmente essa "terceira batida", sua velocidade e o uso de linhas de baixo complexas que diferencia o reggae do rocksteady, embora estilos posteriores tenham incorporado estas inovações de maneira independente.
O reggae se tornou uns dos ritmos conhecidos nesta região, depois de certos colonizadores trazerem esse tipo musical para o Brasil.
Pagode: Pagode Baiano, também conhecido como swingeira é um ritmo baiano, advindo do Samba-reggae e do Samba de Roda do reconcavo (entre suas variações), caracterizado por uma levada mais próxima do que se pode carterizar como a fusão entre o Samba e o Reggae, responsável pelo destaque da harmonia - com linhas melódicas marcantes e percussão com destaque para o repique, que toca no acento característico da música. A swingueira foi criada na Bahia, mais precisamente nos subúrbios de Salvador.
Ela surgiu entre 1998 e 2000 na Bahia a partir de manifestações musicais de Margareth Menezes e Daniela Mercury cantoras famosas de Axé Music. Swingueira é um gênero musical da Bahia, que em alguns anos atrás era considerado MPB ou Pagode baiano.
A Swingueira, que alguns chamam também de Samba Reggaeton, nasceu da difusão do Samba Comum com o Reggae latino, apresentando dois tambores, um pandeiro, um atabaque, uma guitarra ou viola eletrônica no lugar do cavaquinho e instrumentos de música latina, com forte influências do Merengue e do Olodum.
O primeiro grupo de Swingueira surgiu quando um grupo de amigos se juntaram no meio da rua para tocar samba. O publico gostou do ritmo que começou a dar certo nas ruas de Salvador BA.
Axé: O Axé é um gênero musical surgido no estado da Bahia na década de 1980, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador,que mistura Frevo pernambucano, forró, Maracatu, Reggae e Calipso, que é derivado do Reggae.
No entanto, o termo Axé Music é utilizado erroneamente para designar todos os rítmos de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é Axé, pois lá há o Olodum, um rítmo da África do Sul, Samba de Roda e Pagode produzidos por algumas bandas, Calipso (gênero muscial), proveniente do Pará e Samba-reggae, uma novidade.
Arrocha: O arrocha é um ritmo musical originário da Bahia. Ele foi influenciado pela música brega e estilo romântico, com modificações que o tornaram mais sensual. Não é necessário ser tocado por uma banda completa, normalmente são usados arranjador no saxofone e uma guitarra. Ele reinventou antigos ritmos com uma forma mais moderna. Por tratar-se de um estilo musical apreciado pela população da periferia, começou logo a ser recriminado pela arte estilizada da sociedade que marginalizou o arrocha, rebaixando o ritmo restrito ao povo “ignorante das feiras populares”. Hoje o arrocha já conseguiu mais espaço na mídia. (portaldoarrocha)
MPB: Música Popular Brasileira – é um gênero musical brasileiro, surgiu em 1966 com a segunda geração da bossa nova. MPB seria a fusão de dois elementos musicais diferentes: a bossa nova e o engajamento folclórico dos centros populares de cultura da união nacional dos estudantes. Depois o MBP passou a abranger outras misturas de ritmos como a do rock, soul e o samba, originando o ritmo conhecido como samba-rock. Tendo artistas famosos como: Gilberto Gil, Chico Buarque e outros do fim da década de 90.
Na região Norte. Sendo a maior região do Brasil, corresponde a aproximadamente 42% do território nacional. Possui uma população de cerca de 15,8 milhões de habitantes, que em sua maioria tem uma tendência indígena, mas o que curtem esses habitantes? Como dança folclórica temos o Bumba-meu-boi, que nada mais é que um dos milhares contos brasileiros. Mas, atualmente o que anda tocando por lá tem por nome TECNOBREGA, que é uma mistura do famoso brega com alguns toques meio eletrônicos. Temos como exemplo a cantora de tecnobrega Gaby Amarantos, que veio justamente da região norte do pais, do estado do Pará. Ritmos desta região são: Tecnobrega, lambada, carimbó,salsa,merengue.
Tecnobrega: O Tecnobrega é um gênero musical popular surgido no estado do Pará, no início dos anos 2000. Trata-se de uma fusão da tradicional música brega com a música eletrônica, tendo, portanto, a tecnologia como um elemento fundamental. Deriva de ritmos como Carimbó, Siriá, Lundu e outros gêneros populares como o calypso e guitarradas, incorporando sintetizadores e batidas eletrônicas. O estilo também se destaca por ter se desenvolvido independentemente das grandes gravadoras, criando um mercado com formas alternativas de produção e distribuição.
O mercado tecnobrega gira em torno das festas de aparelhagens, que contam com modernos equipamentos de som, iluminação e efeitos visuais. As festas também servem como local de difusão dos novos sucessos - DJs recebem discos dos produtores e tocam as novas canções. Quando uma música ou um artista se torna um sucesso em uma festa de aparelhagem, a divulgação no mercado aumenta através da reprodução não-autorizada dos discos. A maioria dos artistas do mercado tecnobrega, porém, parece apoiar essa reprodução devido ao aumento da publicidade que ela acarreta.
Lambada: Nasceu do conjunto de sonoridades já vistas no solo brasileiro, do forró nordestino, do carimbo amazônico. No fim de 89 ela veio ao auge e depois foi pelo Nordeste para atingir as areias de Porto Seguro, na Bahia. princípio sua modalidade coreográfica era praticada ao ar livre, nas praias, diante das barracas, dia e noite, transferindo-se posteriormente para as salas de bailes. O que mais encantou as pessoas foi a possibilidade de dançar abraçado ao par, como há muito tempo não se via – uma mutação do carimbó, no qual as pessoas se moviam desembaraçadas umas das outras -, o que também constituía uma forma de ensinar aos jovens a arte de bailar coladinho ao parceiro. Nos outros países esta dança brasileira é mais célebre que o próprio samba.
Até desembarcar no Nordeste, a lambada era reconhecida principalmente pela coreografia dos casais abraçados. Este elemento era tão fundamental que, se estivesse ausente da dança em um concurso sério, o par era imediatamente eliminado. Nesta segunda etapa da lambada, quando ela se dissemina por toda parte, a dança marca presença em vários filmes e programas televisivos, figurando até mesmo em novelas.
Carimbó: É um gênero musical de origem musical indígena, mas cresceu com a ajuda de outras influências, principalmente negras. Seu ome, se refere ao tambor com o qual marca-se o ritmo. O carimbo é ouvido principlamente em Marapanim.  É o ritmo preferido pelos pescadores marajoaras.
Salsa: É uma mescla de ritmos afro-cubanos, recebeu influências do merengue, do calipso, do rock norte-americano e reggae jamaicao. Hoje é uma mistura de sons e absorve influências de ritmos mais modernos como rap ou Techno. A ideia do nome é “uma música com sabor”. Nos anos 80, a salsa foi invadida pelo merengue e também pelo disco. Nesta época, surgiu uma nova geração de músicos que começaram a mudar o ritmo para “salsa erótica”, um ritmo forte, machista. Na década de 80, ainda, a salsa se espalhou por outros países.
Merengue: É uma dança nacional dominicana, na qual um dos pés marca o tempo e o outro é arrastado no chão. Sua origem é africana, tendo assim sido trazida para o nosso país. O estilo do merengue é interpretado por um conjunto de instrumentos que inclui saxofones, acordeões, trompetas e teclados.
Região Centro-Oeste; Ocupando aproximadamente 18,8% do território do Brasil, tendo a segunda maior extensão territorial entre as Regiões brasileiras e sendo composta por 14 milhões de habitantes a região Centro-Oeste do país é conhecida por lançar diversos cantores sertanejos como Zezé de Camargo e Luciano, Victor e Léo, Jorge e Mateus, entre outras, então já sabemos que o rítmo que mais toca por aquelas bandas é certamente o sertanejo, porém, outro ritmo que predomina lá também é o pop rock.
Sertanejo: No Brasil, o Sertanejo é uma mistura da moda de viola e a música caipira que se caracteriza pela melodia simples e melancolica, muitas vezes chamadas de música do interior. Existem diversos tipos de músicas sertanejas, misturadas a outras gêneros, como o funk. O Sertanejo universitário é ultimamente, um dos mais ouvidos, desde 2000. Na região Centro-Oeste é comum os chamados "bailões", que apresentam as músicas sertanejas de toada mais animada, predominantemente das três últimas décadas do século XX. O estilo de dança é simples, sempre em par, comumente com passos de baião e xote. O chamado "dois pra lá, dois pra cá" é o passo predominante, o que levou o estilo a se popularizar nos bailões pelo fácil acompanhamento. A introdução da guitarra e o “ritmo jovem” no sertanejo, no final da década de 1960, marcam o ínicio da fase moderna da música sertaneja. Nesta época, o lugar de performance da música sertaneja eram o circo, alguns rodeios e nos rádios AM; A partir de 1980, essa penetração se estendeu aos rádios FM e também á televisão. Dos artistas que surgiram desde a época da modernização do sertanejo, a maioria dos cantores eram compostos por duplas. O sertanejo Universitário mudou a forma do sertanejo conveccional, onde os instrumentos ficaram mais eletrônicos e os temas de inspiração para a música foram as festas, mulheres e seu nome foi denominado universitário pelo fato de que seus maiores ouvintes são adolescentes.
Pop rock: O pop rock é um gênero musical que mistura elementos da música pop com rock, num estilo popular, com atitudes calmas e um som suave. O pop rock é mais ouvido por lugares onde não se existem muitas periferias.
Na região Sudeste Situando-se na parte mais elevada do Planalto Atlântico e abrigando uma população de 80 milhões de habitantes correspondendo a aproximadamente 40% do contingente populacional brasileiro a região Sudeste não pode ser própriamente dita como uma região que contem apenas um rítmo musical próprio, então vamos por estardo. Em Minas Gerais temos uma influência mais sertajena por conta de sua proximidade com os estados da região Centro-Oeste. Em São Paulo, por mais incrível que pareça, o rítmo mais ouvido pelos paulistanos é o samba de raíz, como a do grupo Demônios da Garora, que é um rítmo que mais bem expressa o cotidiano do paulitano. Já no Rio de Janeiro, há muitos ritmos importantes como o MPB e a Boça Nova, mas, atualmente o ritmo mais escutado pelo pessoal de lá é nada mais, nada menos que o Funk. Também é muito ouvido o ritmo de música eletrônica.
Hip hop: É um movimento cultural iniciado na década de 1970, nas áreas centrais de comunidades jamaicanas, latinas e afro-americanas. Desde quando emergiu primeiramente no South Bonx, a cultura hip hop se espalhou por todo o mundo. Posteriormente foi acompanhada pelo rap e identificado como um estilo musical de ritmo e poesia, com uma técnica vocal para usar efeitos dos DJs. Junto com isso, surgiram danças do hip hop improvisadas, como a breakdance, o popping e o locking. O hip hop não só é um ritmo, como tem uma relação com o grafite, fazendo com que as pessoas sintetizem o hip hop como um ritmo de marginal, sendo assim, é mais ouvido pela periferia, porém, é um ritmo que poderia ser ouvido por todas as classes sociais por ter o mesmo sentido que os outros ritmos, querer emocionar os ouvidos e corações de cada ouvinte.
Samba: É um gênero musical, do qual se deriva um tipo de dança, de raízes africanas, surgido no Brasil e considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras.
Apesar de existir em várias partes do país, o samba é mais ouvido no Rio de Janeiro, onde esse formato de samba nasceu no século XIX e se desenvolveu nas décadas do século XX. Foi no Rio que a dança praticada pelos escravos libertos entrou em contato e incorporou esses gêneros, como o samba.
O samba moderno urbano surgiu a partir do século XX, tem ritmo variado, com aproveitamento dos sons cantados ao som de palmas e ritmo batucado. Tradicionalmente, o samba é tocado por instrumentos como cavaquinho e outros tipos de violão e vários instrumentos como o pandeiro, o surdo e o tamborim.
Com o decorrer nos anos, surgiram outros tipos de samba nacional urbano, como o samba de breque, o samba-cansão, bossa nova, o samba rock e o pagode, que é um tipo de samba mais melancólico.
Funk: Funk é um gênero musical que se originou na segunda metade da década de 60 quando músicos afro-americanos, misturando soul, jazz e R&B, criaram uma nova forma de música rítmica e dançante. O Funk tira o ênfase da melodia e da harmonia e traz um groove rítmico forte de baixo elétrico e bateria no fundo. Músicas de Funk são comumente baseadas em um acorde apenas, distinguindo-se das músicas de R&B, que são centradas nas progressões de acordes. O funk veio para o Brasil e com o tempo foi sendo modernizados, assim como todos os outros ritmos, alguns grupos de funk usam o ritmo de uma forma totalmente diferente de como era antigamente, usando palavras de baixo calão e tratando as mulheres ou outras pessoas como inferiores por meio de palavreados baixos. Existe um certo preconceito em torno do funk, devido á suas músicas atuais. O funk é geralmente ouvido em periferias, tendo várias variações de ritmos e nomes.
Músicas eletrônicas: É todo ritmo que é criado com o uso de equipamentos eletrônicos, como sintetizadores, gravadores digitais, computadores, softwares. Passou de uma vertente da música erudita a um elemento da música popular, relacionado ao rock, com sub-estilos considerados dançantes, como o Techno, acid, house, trance. Este estilo veio ao Brasil em forma de festas, geralmente que duravam a noite toda. Quase sempre as músicas não possuem letra, somente ritmo e batidas. É muito ouvido por jovens, principalmente os que preferem a música estrangeira á música nacional brasileira.
A região Sul, sendo a menor região dos país em termos de território e contendo sua população estimada em 27 milhões habitante a região Sul tem uma tendência múscial bastante peculiar. Por serem bastante tradicionais, os sulistas escutam o mesmo ritmo durante muitos anos. Os ritmos mais tocados por lá é o Vanerão e o Fandango, que são ritmos muito parecidos com o sertanejo, porém, tem um toque com instrumentos muito mais utilizados por lá, como o acordeon. Esses ritmos representam muito de como é a vida no sul e geralmente falam sobre os costumes do gaucho, nas letras das músicas é muito notável o uso do dialeto sulista por conta de seu modo de falar. Outros ritmos são a valsa, milonga e também, o reggae.
Vanerão: Assim como a vanera e a vaneirinha, nasceu de origem alemã e se desenvolveu no Rio Grande do Sul. Seu ritmo foi influenciado pela habanera. De acordo com o andamento da música, têm-se as variantes vanerinha, para ritmo moderado e vanerão, para ritmos mais rápidos.
Foi levada também a Mato Grosso do Sul pelos gaúchos que para lá partiram em busca de novas fronteiras agrícolas no século XX. Hoje pode-se encontrar grupos famosos responsáveis pelo ritmo na região centro-oeste.
O vanerão também conhecido como limpa-banco, tendo o andamento mais rápido do que a vanera, prestando-se ao virtuosísmo do gaiteiro de gaita piano ou botonera (voz trocada), sendo assim muitas vezes um tema instrumental. Quanto à forma musical, o vanerão pode ser construído em três partes (rondó), utilizado em ritmos tradicionais brasileiros como o choro e a valsa. Quando cantado, dependendo do andamento e da divisão rítmica da melodia, exige boa e rápida dicção por parte dos intérpretes. O Vanerão com sua vivacidade exige bastante energia, tantos dos músicos, como dos bailadores. Os passos do Vaneirão devem ser executados em quatro movimentos para cada lado, o conhecido dois para lá e dois para cá. Na dança as pessoas usam roupas originárias da Europa e Oriente Médio.
Valsa: Valsa é um gênero musical erudito de compasso ternário. As valsas foram muito tocadas nos salões vienenses e muito dançada pela elite da época. A valsa surgiu na Áustria e na Alemanha. Atualmente as valsas são regularmente interpretadas pelas mais importantes orquestras mundiais. O gênero musical gerou danças com braços entrelaçados ao nível da cintura, tornou-se logo uma dança independente com contato mais próximo entre os parceiros. No fim do século XVIII a dança passou a ser aceita pela alta sociedade - especialmente pela sociedade vienense. A valsa é ouvida e dançada ainda, principalmente na alta sociedade ou em festas.
Milonga: É um estilo de música tradicional. Deriva da habanera e da guajira cubana, assim como o tango. É nacional da Argentina e do Rio Grande do Sul. Também são chamados milongas os bailes onde se dança o Tango e, por extensão, aos locais onde esses bailes se realizam. Tradicionalmente, numa milonga baila-se o Tango, a milonga e ovals cruzado, ou vals argentino (uma variante da valsa Vienense). Outros ritmos típicos que se podem encontrar numa milonga, são chacarera e a zamba. É a música com que os cantores sul-americanos expressam suas emoções - geralmente o amor - junto com o chamamé.

Conclusão
Cada região possui seu respectivo estilo, tanto musical, cultural, gastronômico e etc. Em todas as regiões, existe um gênero que predomina e em todos eles, gêneros que são ouvidos tanto nas regiões “x” e “y”. Porém, nem todo ritmo nasceu aqui no Brasil ou foram influenciado por outros estados. A maioria deles veio na época da colonização do Brasil, estes ritmos que vieram desta época são os que mais prevaleceram até hoje, porém, cada ritmo, gênero musical foi crescendo com o passar do tempo, se distanciando de seu verdadeiro significado, deixando até dúvidas para nós se aquele ritmo é mesmo o ritmo que era antigamente. Crescendo misturados com outros gêneros, outras linguagens, principalmente no dia de hoje, em que a linguagem mudou muito. Ritmos que usam dessas linguagens e são ouvidos principalmente por jovens, pela razão de que eles são os que mais entendem esta certa linguagem adquirida através do tempo e agora, associada à música. Por tanto, alguns jovens, por não entenderem a linguagem e assim as músicas antigas ou a razão pela qual elas foram criadas, deixam de ouvi-las ao invés de buscar o porquê aquela música foi feita, preferem ouvir músicas estrangeiras ao invés de se socializar no seu próprio país com as musicas que aqui existem.
Bibliografia





[1] Docente das Disciplinas Sociologia e Filosofia

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Noções básicas do que é sociologia e como ela se distingue de outras disciplinas


Por: Odemir Silva[1]


Trabalho Acadêmico Apresentado por: Maria Tereza Ferreira dos Santos, Cursando o 1º Ano do Ensino Médio na disciplina de Sociologia na Escola Estadual Maria Regina Demarchi Fanani.






A sociologia é uma matéria muito importante para todas as outras porque estuda o ser humano inserido na sociedade.
Neste trabalho poderemos ver e compreender um pouco mais sobre está; sobre o que ela é, como ela se diferencia das diversas disciplinas existentes, também ler e entender entrevista de sociólogos,quais seus pensamentos sobre os novos assuntos do momento,como eles se desvinculam do senso comum e nos traz respostas sobre o ser humano e suas concepções.

Contexto histórico do surgimento da sociologia:

Renascimento: Onde Deus deixou de ser o centro das coisas e o homem tomou seu lugar, sendo responsável pelos seus atos.

Iluminismo: Onde a razão passou a ser utilizada para a explicação dos fenômenos.

Revolução Francesa: resultando numa transformação política, com o fim do feudalismo e as formas de dominação impostas (liberdade, igualdade, fraternidade). Com o apoio da “massa”, ainda que após sua conquista tenha reprimido essa mesma massa com o sistema capitalista.
Resulta numa educação dual (trabalhador-pública e elite-privada).

Revolução industrial: resultando numa transformação econômica, com a revolução tecnológica e onde o “servo” poderia vender sua força de trabalho para quem interessar. Resulta numa educação instrumental, funcional, preocupada em formar forças de trabalho.
Neste sentido, a sociologia nasce a partir destes conflitos e tensões, procurando dar respostas aos problemas causados por todos estes conflitos e mudanças, tornando a sociedade moderna ocidental o objeto privilegiado desta ciência. Alguns pensadores utilizaram desses acontecimentos para transformar em estudos, conceitos e teorias dessa sociedade transformada.

Sociologia-como se distingue de outras disciplinas:
Disciplina que se distingue das demais ciências sociais pela abrangência de seu objeto, a sociologia busca conhecer, mediante métodos científicos, a totalidade da realidade social como tal, sem proposta de transformação.

Sociologia – noção básica do que é:
Sociologia é a ciência que estuda a natureza, causas e efeitos das relações que se estabelecem entre os indivíduos organizados em sociedade. Assim, o objeto da sociologia são as relações sociais, as transformações por que passam essas relações, como também estruturas, instituições e costumes que têm origem nelas. A abordagem sociológica das relações entre os indivíduos distingue-se da abordagem biológica, psicológica, econômica e política dessas relações.
 Seu interesse focaliza-se no todo das interações sociais e não em apenas um de seus aspectos, cada um dos quais constitui o domínio de uma ciência social específica. As preocupações de ordem normativa são estranhas á sociologia e não lhe cabe a aplicação de soluções para problemas sociais ou a responsabilidade pelas reformas, planejamento ou adoção de medidas que visem á transformação das condições sociais.

Concepções de sociólogos sobre acontecimentos e problemas atuais:
Homossexualidade:
Recentemente, o Brasil deu um passo decisivo para o reconhecimento legal da união estável de homossexuais. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal assegura direitos  como a comunhão parcial de bens e pensão alimentícia em caso de separação em se tratando de casais do mesmo sexo. A lei ainda facilita a aprovação jurídica em questões como adoção e direitos de herança. 
Questões como esta, que alteram comportamentos e relações sociais, é um tema rico para a análise e considerações em várias áreas. Nesta Entrevista, aborda o assunto sob a ótica da Sociologia, tendo como convidado o professor doutor Enio Waldir da Silva.

Como o senhor vê a questão da união entre pessoas do mesmo sexo no Brasil? 
Este tema é complexo. Sinceramente preferia estar falando da aprovação de outras leis ligadas a interesses mais coletivos da população excluída, pois cada um que fala deste tema, traz uma carga muito grande de potencialidades adquiridas em sua trajetória de vida, amarrados a concepções de família, religião, escola, trabalho, mídias, clubes, etc. Minha visão aqui é a mais sociológica possível, já que é uma questão de identidade que se fala. A identidade de uma pessoa é um espelho de identidade social e é esta que mobiliza visões, defesas e condenações da união sexual de pessoas, tema extremamente subjetivo. Disposições masculinas ou femininas para vivências sexuais ainda é pouco estudado na sociologia, pois sempre nos apegamos a problemas sociais mais objetivos e pertinentes. Uma assertiva cultural mais aceita é a de que o sexo biológico entende que toda a mulher quer que o homem seja macho e todo o homem quer que a mulher seja fêmea. Ainda não temos uma prova científica sobre as razões da atração de uma pessoa pela outra do mesmo sexo (para além da amizade) e também não temos muitos argumentos para provar que este fenômeno é um desvio da natureza ou um problema de configuração da natureza biológica. Muito mais complicado ainda é dizer que a homossexualidade é uma questão meramente cultural e limitada ao livre arbítrio das pessoas, pois nesta arena há muito mais discordâncias, pois é inaceitável que uma minoria imponha sua "vontade" (sabe-se lá o que levou ela criar esta vontade) à maioria, assim como não é aceitável que a maioria não respeite as minorias. De qualquer forma, podemos dizer que a união de pessoas do mesmo sexo expressa em lei não é uma necessidade natural, mas ligada a ordem simbólica, as representações sociais que se tem de valores na vida sobre a própria vida. Neste momento histórico não temos uma cultura que aceite publicamente este tipo de vivência. As pessoas estão muito inseguras em relação ao futuro da sociedade e das coisas que não se compreende têm-se menos tolerância. 

Bullying:
O pesquisador Alexandre Vinícius Malmann Medeiros acabou de defender uma dissertação tendo o bullying como objeto. O trabalho foi defendido no Programa de Pós-graduação em sociologia (PPGS) da Faculdade de Ciências Sociais(FCS), Universidade Federal de Goiás (UFG). Diferente dos autores da moda, seu objetivo não foi levantar dados para comprovar o fenômeno, mas entender o que se quer dizer quando se fala em bullying.
Em sua dissertação intitulada O fenômeno bullying: (in) definições do termo e suas possibilidades, ele demonstra os usos e abusos do termo. Mais precisamente aponta que, para ganhar destaque, muitos autores não mediram esforços em caracterizar um sem número de problemas como se fossem tudo bullying. Resultado, a violência doméstica virou “bullying familiar”, o assédio moral “virou bullying no trabalho”, e assim por diante.
De acordo com Alexandre Medeiros, diferentemente de ampliar o debate sobre o tema, tais trabalhos acaba por esvaziar o uso do termo. Se tudo for bullying, então o conceito se torna pobre,pois não é capaz de ser uma resposta adequada para compreender, por exemplo, em profundidade o problema da violência intra-familiar.
Classes econômicas brasileiras:

Entrevista com o sociólogo Jessé Souza

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Professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o sociólogo Jessé Souza vem estudando as transformações e os impasses da estrutura de classes brasileira em livros como “Os batalhadores brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora?” (2010) e “A ralé brasileira: quem é e como vive” (2009), publicado pela Editora UFMG. Crítico das interpretações “economicistas” da sociedade nacional, Jessé considera que a associação freqüente entre classe e renda torna superficial o debate sobre a “nova classe média” brasileira.
Veja abaixo a íntegra da entrevista concedida por Jessé Souza para a matéria de capa do Prosa & Verso desta semana.
No livro sobre os "batalhadores", você argumenta que os milhões de brasileiros que ascenderam socialmente nos últimos anos não configuram uma "nova classe média", e sim uma "nova classe trabalhadora". Por quê? O que separa esse estrato social da classe média?

JESSÉ SOUZA: O debate público brasileiro sobre a “nova classe média” é dominado por um debate pobre e superficial, que associa pertencimento de classe à renda. No entanto, a mera classificação econômica e estatística por faixas de renda não explica rigorosamente nada. Mas ela dá a “impressão” que explica. Passa-se a ilusão de que se organiza uma realidade confusa. Mas o que ajuda saber que tantas pessoas estão num certo patamar e outras em outro patamar de renda? O que isso diz dessas pessoas? Pessoas com renda semelhante podem ser muito diferentes entre si. Basta comparar um trabalhador da FIAT em Betim com um Professor universitário em início de carreira que ganham salários semelhantes. Todas as escolhas da vida dessas pessoas – a não ser a conversa sobre o futebol no domingo - tendem a ser muitíssimo diferentes entre si. O que importa saber para que se conheça uma “classe social” é o “como”, em cada caso, as pessoas são produzidas como seres humanos com capacidades distintas e acesso distinto a todos os bens e recursos sociais escassos em competição na luta social. Não existe questão mais importante que esta, porque é a questão que nos move a todos durante as vinte e quatro horas de cada dia. Associar classe à renda é fazer de conta que se fala de classe quando se escondem, na verdade, todas as questões que esclarecem a gênese social dos privilégios injustos.
Daí que tenhamos tentado corrigir e criticar a expressão “nova classe média”, construída segundo este tipo de classificação superficial da realidade. Na verdade, a “classe média verdadeira” é uma das classes dominantes em sociedades modernas como a brasileira, porque é constituída pelo acesso privilegiado a um recurso social escasso de extrema importância: o capital cultural nas suas mais diversas formas. Seja sob a forma de capital cultural “técnico”, como no caso da “tropa de choque” do capital, formada pelo exército de advogados, engenheiros, administradores, economistas etc., seja sob a forma de capital cultural “literário” dos professores, jornalistas, publicitários etc., este tipo de conhecimento é fundamental para a reprodução e legitimação tanto do mercado, quanto do Estado, ou seja, para a reprodução e legitimação da sociedade moderna como um todo. A incorporação deste tipo de capital cultural, por sua vez, exige “tempo livre” que só as camadas privilegiadas possuem. É esse fundamento social “invisível” que irá permitir mais tarde tanto a remuneração, quanto o prestígio social atrelado a este tipo de trabalho prestigioso e reconhecido.
A vida dos “batalhadores” é completamente outra. Ela é marcada pela ausência dos “privilégios de nascimento” que caracterizam as classes médias e altas. Como lhes faltam tanto o capital cultural altamente valorizado das classes médias “verdadeiras”, quanto o capital econômico das classes altas, eles compensam essa falta com extraordinário esforço pessoal, dupla jornada de trabalho e aceitação de todo tipo de super exploração da mão de obra. Essa é uma condução de vida típica das classes trabalhadoras, daí nossa hipótese de trabalho desenvolvida no livro que nega e critica o conceito de “nova classe média” e tenta construir um conceito de “nova classe trabalhadora”, produto das novas condições da divisão de trabalho internacional e da nova dominância global do capital financeiro Esses fatores fazem com que essa nova classe não tenha nada de “especificamente brasileira”, já que países como China, Índia e grande parte do sudeste asiático também devem boa parte de seu dinamismo atual a este mesmo fenômeno.
Apesar disso, hoje no Brasil tanto o mercado quanto o governo enfatizam a ideia de uma "nova classe média". A que você atribui essa ênfase?
JESSÉ SOUZA: A ênfase é perfeitamente compreensível. Esse estrato social é o grande responsável pelo extraordinário desenvolvimento econômico brasileiro dos últimos anos que se deu, fundamentalmente, pela perspectiva do mercado interno. Foi esse estrato que dinamizou a economia brasileira na última década e estimulou o mercado de consumo de bens duráveis antes de impossível acesso a grandes parcelas da população. Politicamente, também, ele é a maior novidade no cenário brasileiro, ainda que seja uma classe muito heterogênea, com distinções regionais importantes e abrangendo desde pequenos empresários até trabalhadores super explorados e sem direitos sociais.
Nosso estudo procurou dar conta tanto do elemento de “chance” e de “novidade bem-vinda”, que são inegáveis, como também do “outro lado” desse fenômeno: o da dor e do sofrimento silenciados por leituras triunfalistas e apologéticas da realidade. Também foi nossa preocupação criticar as leituras que já partem do “preconceito de classe” – como na crítica a outras pesquisas que realizamos no nosso livro - e, claro, só confirmam aquilo que já procuravam.

Texto: Argumentos de profissionais da sociologia para que se desvinculem do senso comum, tragam esclarecimento dos acontecimentos e soluções para problemas atuais:
O senso comum é um meio de pensar inserido na sociedade há tempos, e que sociólogos tentam mudar através de um senso e olhar científico da sociedade.
O olhar científico dos profissionais da sociologia traz esclarecimento e soluções mais racionais e menos sentimentais de acontecimentos e problemas sociais; assim ajudando a população em geral a compreender, que nem tudo o que é, e que se vê, realmente é o que se pensa ser, e trazendo também assim um modo de olhar as coisas além do que todos vêem.
Em tempos como o de hoje em dia os problemas e acontecimentos atuais vem sendo massificados exageradamente pela sociedade.
De acordo com Alexandre Vinícius um tema importante como o bullying, vem sendo empregado pelas pessoas como justificativa para várias ações ruins recorrentes na sociedade moderna em que vivemos, pois situações como a violência doméstica ou assédio moral, ganharam livremente o título de “bullying familiar” e “bullying no trabalho”. Isso não quer dizer que o sociólogo não de importância há assuntos como esses e sim quis mostrar uma linha tênue entre o senso comum e o senso científico visto por ele, afinal nem todos os acontecimentos que de vazão ao sofrimento moral, sentimental e físico podem ser considerados bullying. Um bom exemplo é a agressão que muitas mulheres sofrem de seus esposos, esse tipo de agressão nunca poderá ser considerada “bullying familiar ou violência intra-familiar”, se o marido bate em sua esposa isso é agressão física e sentimental, e é crime, então quem a prática deve de ser preso. Essa é a provável visão que Alexandre deseja passar a sociedade; de que o bullying que foi o nome dado propriamente para todo tipo de “humilhação” escolar que um aluno possa sofrer, e não se deve usado para caracterizar todas as outras ações em que se parecem com tal.
Dois acontecimentos que estão bem frescos na nossa memória no momento são a aprovação do casamento homossexual e as classes econômicas brasileiras.
Primeiramente a diferenciação em que Enio Waldir quer fazer sobre os heterossexuais e os homossexuais ao contrário do que a sociedade está acostumada nesses tempos em que todos os direitos estão sendo na visão dele mais simples para pessoas do mesmo sexo, ou seja, fazendo disso um “senso comum” é de que não devemos fazer a “vontade” minoria em cima da maioria, assim como não é aceitável que a maioria não respeite a minoria. Enio também afirma que diferente do que muitos pensam a homossexualidade não pode ser entendida como questão cultural e que ainda não se pode alegar que seja algum tipo de desvio psicológico ou mudanças na configuração biológica, mostrando assim que ao contrário de que muitos possam pensar a homossexualidade pode ser vista em um senso científico, um olhar diferenciado da população, já que ainda não se sabe um motivo sociológico específico para o interesse de pessoas do mesmo sexo a não ser no intuito de amizade.
No caso das classes econômicas do Brasil, sabemos que a “classe c” é cada vez mais comentada neste devido assunto, mesmo que ainda na visão do “senso comum” há toda uma coisa quanto os pobres e os ricos, ou as classes altas e classes baixas recorrentes.
Porém para o sociólogo Jessé Sousa nem sempre aquele do qual as pessoas costumam considerar classe média realmente detenha mais dinheiro do que aquele que é considerado classe baixa, tais argumentos Jessé, pois em seus livros, um exemplo desse tema que falam sobre isso e pode-se achar sobre tais, é o argumento do sociólogo” Passa-se a ilusão de que se organiza uma realidade confusa. Mas o que ajuda saber que tantas pessoas estão num certo patamar e outras em outro patamar de renda? O que isso diz dessas pessoas? Pessoas com renda semelhante podem ser muito diferentes entre si. Basta comparar um trabalhador da FIAT em Betim com um Professor universitário em início de carreira que ganham salários semelhantes”.
Então nesse caso o que o sociólogo desejava transmitir é que nem tudo é como pensamos que é, e criando assim seu senso científico.
É claro que temos muitos outros temas e argumentos a abordar inclusive sobre os comentados no texto, porém isso é um pouco do que podemos entender sobre como Os sociólogos utilizam a sociologia para que se diferencie do senso comum imposto pela sociedade.
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Conclusão
Eu concluo que a sociologia é uma matéria que se distingue de muitas outras e que tem muitas coisas interessantes a ser descobertas e pesquisadas.
A matéria estuda as atitudes do ser e tem muitos profissionais que estudam a sociedade.
Um das coisas mais importantes na sociologia é fugir do senso comum para que assim as coisas sejam analisadas de forma diferente.
Com algumas pesquisas sobre temas muito populares atualmente e mostrando como nós podemos nos desvincular do pensamento geral e sentimental e criar um pensamento único e racional.

Bibliografia:
Ecoexperiencia. blogspot.com. br
O globo. globo.com



[1] Docente das Disciplinas Sociologia e Filosofia