Por: Odemir Silva[1]
Trabalho Acadêmico Apresentado por: Maria
Tereza Ferreira dos Santos,
Cursando o 1º Ano do Ensino Médio na disciplina de Sociologia na Escola
Estadual Maria Regina Demarchi Fanani.
A sociologia é uma matéria muito importante para todas as outras porque
estuda o ser humano inserido na sociedade.
Neste trabalho poderemos ver e compreender um pouco mais sobre está;
sobre o que ela é, como ela se diferencia das diversas disciplinas existentes,
também ler e entender entrevista de sociólogos,quais seus pensamentos sobre os
novos assuntos do momento,como eles se desvinculam do senso comum e nos traz
respostas sobre o ser humano e suas concepções.
Contexto histórico do surgimento da sociologia:
Renascimento: Onde Deus deixou de ser o centro das coisas
e o homem tomou seu lugar, sendo responsável pelos seus atos.
Iluminismo: Onde a razão passou a ser utilizada para a
explicação dos fenômenos.
Revolução Francesa: resultando numa transformação política, com
o fim do feudalismo e as formas de dominação impostas (liberdade, igualdade, fraternidade).
Com o apoio da “massa”, ainda que após sua conquista tenha reprimido essa mesma
massa com o sistema capitalista.
Resulta numa educação dual (trabalhador-pública e elite-privada).
Revolução industrial: resultando numa transformação econômica, com
a revolução tecnológica e onde o “servo” poderia vender sua força de trabalho
para quem interessar. Resulta numa educação instrumental, funcional, preocupada
em formar forças de trabalho.
Neste sentido, a sociologia nasce a partir destes conflitos e tensões, procurando
dar respostas aos problemas causados por todos estes conflitos e mudanças, tornando
a sociedade moderna ocidental o objeto privilegiado desta ciência. Alguns
pensadores utilizaram desses acontecimentos para transformar em estudos, conceitos
e teorias dessa sociedade transformada.
Sociologia-como se distingue de outras disciplinas:
Disciplina que se distingue das demais ciências sociais pela abrangência
de seu objeto, a sociologia busca conhecer, mediante métodos científicos, a
totalidade da realidade social como tal, sem proposta de transformação.
Sociologia – noção básica do que é:
Sociologia é a ciência que estuda a natureza, causas e efeitos das
relações que se estabelecem entre os indivíduos organizados em sociedade.
Assim, o objeto da sociologia são as relações sociais, as transformações por
que passam essas relações, como também estruturas, instituições e costumes que
têm origem nelas. A abordagem sociológica das relações entre os indivíduos
distingue-se da abordagem biológica, psicológica, econômica e política dessas
relações.
Seu interesse focaliza-se no todo
das interações sociais e não em apenas um de seus aspectos, cada um dos quais
constitui o domínio de uma ciência social específica. As preocupações de ordem
normativa são estranhas á sociologia e não lhe cabe a aplicação de soluções
para problemas sociais ou a responsabilidade pelas reformas, planejamento ou
adoção de medidas que visem á transformação das condições sociais.
Concepções de sociólogos sobre acontecimentos e problemas atuais:
Homossexualidade:
Recentemente, o Brasil deu um passo decisivo para o reconhecimento legal da união estável de homossexuais. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal assegura direitos como a comunhão parcial de bens e pensão alimentícia em caso de separação em se tratando de casais do mesmo sexo. A lei ainda facilita a aprovação jurídica em questões como adoção e direitos de herança.
Recentemente, o Brasil deu um passo decisivo para o reconhecimento legal da união estável de homossexuais. Uma decisão do Supremo Tribunal Federal assegura direitos como a comunhão parcial de bens e pensão alimentícia em caso de separação em se tratando de casais do mesmo sexo. A lei ainda facilita a aprovação jurídica em questões como adoção e direitos de herança.
Questões como esta, que alteram
comportamentos e relações sociais, é um tema rico para a análise e
considerações em várias áreas. Nesta Entrevista, aborda o assunto sob a ótica
da Sociologia, tendo como convidado o professor doutor Enio Waldir da Silva.
Como o senhor vê a questão da união entre pessoas do mesmo sexo no Brasil?
Este tema é complexo. Sinceramente preferia
estar falando da aprovação de outras leis ligadas a interesses mais coletivos
da população excluída, pois cada um que fala deste tema, traz uma carga muito
grande de potencialidades adquiridas em sua trajetória de vida, amarrados a
concepções de família, religião, escola, trabalho, mídias, clubes, etc. Minha
visão aqui é a mais sociológica possível, já que é uma questão de identidade
que se fala. A identidade de uma pessoa é um espelho de identidade social e é
esta que mobiliza visões, defesas e condenações da união sexual de pessoas,
tema extremamente subjetivo. Disposições masculinas ou femininas para vivências
sexuais ainda é pouco estudado na sociologia, pois sempre nos apegamos a
problemas sociais mais objetivos e pertinentes. Uma assertiva cultural mais
aceita é a de que o sexo biológico entende que toda a mulher quer que o homem
seja macho e todo o homem quer que a mulher seja fêmea. Ainda não temos uma
prova científica sobre as razões da atração de uma pessoa pela outra do mesmo
sexo (para além da amizade) e também não temos muitos argumentos para provar
que este fenômeno é um desvio da natureza ou um problema de configuração da
natureza biológica. Muito mais complicado ainda é dizer que a homossexualidade
é uma questão meramente cultural e limitada ao livre arbítrio das pessoas, pois
nesta arena há muito mais discordâncias, pois é inaceitável que uma minoria
imponha sua "vontade" (sabe-se lá o que levou ela criar esta vontade)
à maioria, assim como não é aceitável que a maioria não respeite as minorias.
De qualquer forma, podemos dizer que a união de pessoas do mesmo sexo expressa
em lei não é uma necessidade natural, mas ligada a ordem simbólica, as
representações sociais que se tem de valores na vida sobre a própria vida.
Neste momento histórico não temos uma cultura que aceite publicamente este tipo
de vivência. As pessoas estão muito inseguras em relação ao futuro da sociedade
e das coisas que não se compreende têm-se menos tolerância.
Bullying:
O pesquisador Alexandre Vinícius Malmann Medeiros
acabou de defender uma dissertação tendo o bullying como objeto. O trabalho foi
defendido no Programa de Pós-graduação em sociologia (PPGS) da Faculdade de
Ciências Sociais(FCS), Universidade Federal de Goiás (UFG). Diferente dos
autores da moda, seu objetivo não foi levantar dados para comprovar o fenômeno,
mas entender o que se quer dizer quando se fala em bullying.
Em sua dissertação intitulada O fenômeno
bullying: (in) definições do termo e suas possibilidades, ele
demonstra os usos e abusos do termo. Mais precisamente aponta que, para ganhar
destaque, muitos autores não mediram esforços em caracterizar um sem número de
problemas como se fossem tudo bullying. Resultado, a violência doméstica virou
“bullying familiar”, o assédio moral “virou bullying no trabalho”, e assim por
diante.
De acordo com Alexandre Medeiros, diferentemente de
ampliar o debate sobre o tema, tais trabalhos acaba por esvaziar o uso do
termo. Se tudo for bullying, então o conceito se torna pobre,pois não é capaz
de ser uma resposta adequada para compreender, por exemplo, em profundidade o
problema da violência intra-familiar.
Classes econômicas brasileiras:
Entrevista com o sociólogo Jessé Souza
Professor da Universidade Federal de Juiz de
Fora (UFJF), o sociólogo Jessé Souza vem estudando as transformações e os
impasses da estrutura de classes brasileira em livros como “Os batalhadores
brasileiros: nova classe média ou nova classe trabalhadora?” (2010) e “A ralé
brasileira: quem é e como vive” (2009), publicado pela Editora UFMG. Crítico
das interpretações “economicistas” da sociedade nacional, Jessé considera que a
associação freqüente entre classe e renda torna superficial o debate sobre a
“nova classe média” brasileira.
Veja abaixo a íntegra da entrevista concedida
por Jessé Souza para a matéria de capa do Prosa & Verso desta semana.
No livro sobre os "batalhadores",
você argumenta que os milhões de brasileiros que ascenderam socialmente nos
últimos anos não configuram uma "nova classe média", e sim uma
"nova classe trabalhadora". Por quê? O que separa esse estrato social
da classe média?
JESSÉ SOUZA: O debate público brasileiro sobre a “nova
classe média” é dominado por um debate pobre e superficial, que associa
pertencimento de classe à renda. No entanto, a mera classificação econômica e
estatística por faixas de renda não explica rigorosamente nada. Mas ela dá a
“impressão” que explica. Passa-se a ilusão de que se organiza uma realidade
confusa. Mas o que ajuda saber que tantas pessoas estão num certo patamar e
outras em outro patamar de renda? O que isso diz dessas pessoas? Pessoas com
renda semelhante podem ser muito diferentes entre si. Basta comparar um
trabalhador da FIAT em Betim com um Professor universitário em início de
carreira que ganham salários semelhantes. Todas as escolhas da vida dessas
pessoas – a não ser a conversa sobre o futebol no domingo - tendem a ser
muitíssimo diferentes entre si. O que importa saber para que se conheça uma
“classe social” é o “como”, em cada caso, as pessoas são produzidas como seres
humanos com capacidades distintas e acesso distinto a todos os bens e recursos
sociais escassos em competição na luta social. Não existe questão mais
importante que esta, porque é a questão que nos move a todos durante as vinte e
quatro horas de cada dia. Associar classe à renda é fazer de conta que se fala
de classe quando se escondem, na verdade, todas as questões que esclarecem a
gênese social dos privilégios injustos.
Daí que tenhamos tentado corrigir e criticar
a expressão “nova classe média”, construída segundo este tipo de classificação
superficial da realidade. Na verdade, a “classe média verdadeira” é uma das
classes dominantes em sociedades modernas como a brasileira, porque é
constituída pelo acesso privilegiado a um recurso social escasso de extrema
importância: o capital cultural nas suas mais diversas formas. Seja sob a forma
de capital cultural “técnico”, como no caso da “tropa de choque” do capital,
formada pelo exército de advogados, engenheiros, administradores, economistas etc.,
seja sob a forma de capital cultural “literário” dos professores, jornalistas,
publicitários etc., este tipo de conhecimento é fundamental para a reprodução e
legitimação tanto do mercado, quanto do Estado, ou seja, para a reprodução e
legitimação da sociedade moderna como um todo. A incorporação deste tipo de
capital cultural, por sua vez, exige “tempo livre” que só as camadas
privilegiadas possuem. É esse fundamento social “invisível” que irá permitir
mais tarde tanto a remuneração, quanto o prestígio social atrelado a este tipo
de trabalho prestigioso e reconhecido.
A vida dos “batalhadores” é completamente
outra. Ela é marcada pela ausência dos “privilégios de nascimento” que
caracterizam as classes médias e altas. Como lhes faltam tanto o capital cultural
altamente valorizado das classes médias “verdadeiras”, quanto o capital
econômico das classes altas, eles compensam essa falta com extraordinário
esforço pessoal, dupla jornada de trabalho e aceitação de todo tipo de super
exploração da mão de obra. Essa é uma condução de vida típica das classes
trabalhadoras, daí nossa hipótese de trabalho desenvolvida no livro que nega e
critica o conceito de “nova classe média” e tenta construir um conceito de
“nova classe trabalhadora”, produto das novas condições da divisão de trabalho
internacional e da nova dominância global do capital financeiro Esses fatores
fazem com que essa nova classe não tenha nada de “especificamente brasileira”,
já que países como China, Índia e grande parte do sudeste asiático também devem
boa parte de seu dinamismo atual a este mesmo fenômeno.
Apesar disso, hoje no Brasil
tanto o mercado quanto o governo enfatizam a ideia de uma "nova classe
média". A que você atribui essa ênfase?
JESSÉ SOUZA: A ênfase é perfeitamente compreensível. Esse estrato social é
o grande responsável pelo extraordinário desenvolvimento econômico brasileiro
dos últimos anos que se deu, fundamentalmente, pela perspectiva do mercado
interno. Foi esse estrato que dinamizou a economia brasileira na última década
e estimulou o mercado de consumo de bens duráveis antes de impossível acesso a
grandes parcelas da população. Politicamente, também, ele é a maior novidade no
cenário brasileiro, ainda que seja uma classe muito heterogênea, com distinções
regionais importantes e abrangendo desde pequenos empresários até trabalhadores
super explorados e sem direitos sociais.
Nosso estudo procurou dar
conta tanto do elemento de “chance” e de “novidade bem-vinda”, que são
inegáveis, como também do “outro lado” desse fenômeno: o da dor e do sofrimento
silenciados por leituras triunfalistas e apologéticas da realidade. Também foi
nossa preocupação criticar as leituras que já partem do “preconceito de classe”
– como na crítica a outras pesquisas que realizamos no nosso livro - e, claro,
só confirmam aquilo que já procuravam.
Texto: Argumentos de profissionais da sociologia
para que se desvinculem do senso comum, tragam esclarecimento dos
acontecimentos e soluções para problemas atuais:
O
senso comum é um meio de pensar inserido na sociedade há tempos, e que
sociólogos tentam mudar através de um senso e olhar científico da sociedade.
O
olhar científico dos profissionais da sociologia traz esclarecimento e soluções
mais racionais e menos sentimentais de acontecimentos e problemas sociais; assim
ajudando a população em geral a compreender, que nem tudo o que é, e que se vê,
realmente é o que se pensa ser, e trazendo também assim um modo de olhar as
coisas além do que todos vêem.
Em tempos como o de hoje em dia os problemas e acontecimentos atuais vem
sendo massificados exageradamente pela sociedade.
De acordo com Alexandre Vinícius um tema importante como o bullying, vem
sendo empregado pelas pessoas como justificativa para várias ações ruins
recorrentes na sociedade moderna em que vivemos, pois situações como a
violência doméstica ou assédio moral, ganharam livremente o título de “bullying
familiar” e “bullying no trabalho”. Isso não quer dizer que o sociólogo não de
importância há assuntos como esses e sim quis mostrar uma linha tênue entre o
senso comum e o senso científico visto por ele, afinal nem todos os
acontecimentos que de vazão ao sofrimento moral, sentimental e físico podem ser
considerados bullying. Um bom exemplo é a agressão que muitas mulheres sofrem
de seus esposos, esse tipo de agressão nunca poderá ser considerada “bullying
familiar ou violência intra-familiar”, se o marido bate em sua esposa isso é
agressão física e sentimental, e é crime, então quem a prática deve de ser preso.
Essa é a provável visão que Alexandre deseja passar a sociedade; de que o
bullying que foi o nome dado propriamente para todo tipo de “humilhação”
escolar que um aluno possa sofrer, e não se deve usado para caracterizar todas
as outras ações em que se parecem com tal.
Dois acontecimentos que estão bem frescos na nossa memória no momento
são a aprovação do casamento homossexual e as classes econômicas brasileiras.
Primeiramente a diferenciação em que Enio Waldir quer fazer sobre os
heterossexuais e os homossexuais ao contrário do que a sociedade está
acostumada nesses tempos em que todos os direitos estão sendo na visão dele
mais simples para pessoas do mesmo sexo, ou seja, fazendo disso um “senso
comum” é de que não devemos fazer a “vontade” minoria em cima da maioria, assim
como não é aceitável que a maioria não respeite a minoria. Enio também afirma
que diferente do que muitos pensam a homossexualidade não pode ser entendida
como questão cultural e que ainda não se pode alegar que seja algum tipo de
desvio psicológico ou mudanças na configuração biológica, mostrando assim que
ao contrário de que muitos possam pensar a homossexualidade pode ser vista em
um senso científico, um olhar diferenciado da população, já que ainda não se
sabe um motivo sociológico específico para o interesse de pessoas do mesmo sexo
a não ser no intuito de amizade.
No caso das classes econômicas do Brasil, sabemos que a “classe c” é
cada vez mais comentada neste devido assunto, mesmo que ainda na visão do
“senso comum” há toda uma coisa quanto os pobres e os ricos, ou as classes
altas e classes baixas recorrentes.
Porém para o sociólogo Jessé Sousa nem sempre aquele do qual as pessoas
costumam considerar classe média realmente detenha mais dinheiro do que aquele
que é considerado classe baixa, tais argumentos Jessé, pois em seus livros, um
exemplo desse tema que falam sobre isso e pode-se achar sobre tais, é o
argumento do sociólogo” Passa-se a ilusão de que se organiza uma realidade
confusa. Mas o que ajuda saber que tantas pessoas estão num certo patamar e
outras em outro patamar de renda? O que isso diz dessas pessoas? Pessoas com
renda semelhante podem ser muito diferentes entre si. Basta comparar um
trabalhador da FIAT em Betim com um Professor universitário em início de
carreira que ganham salários semelhantes”.
Então nesse caso o que o sociólogo desejava transmitir é que nem tudo é
como pensamos que é, e criando assim seu senso científico.
É claro que temos muitos outros temas e argumentos a abordar inclusive
sobre os comentados no texto, porém isso é um pouco do que podemos entender
sobre como Os sociólogos utilizam a sociologia para que se diferencie do senso
comum imposto pela sociedade.
.
Conclusão
Eu concluo que a sociologia é uma matéria que se distingue de muitas
outras e que tem muitas coisas interessantes a ser descobertas e pesquisadas.
A matéria estuda as atitudes do ser e tem muitos profissionais que
estudam a sociedade.
Um das coisas mais importantes na sociologia é fugir do senso comum para
que assim as coisas sejam analisadas de forma diferente.
Com algumas pesquisas sobre temas muito populares atualmente e mostrando
como nós podemos nos desvincular do pensamento geral e sentimental e criar um
pensamento único e racional.
Bibliografia:
Ecoexperiencia. blogspot.com. br
O globo. globo.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário