A produção histórica da América começa
com a chegada dos europeus, que subestimando seus moradores e não os
respeitando retira deles tudo o que tem destruindo o que até então poderíamos
chamar de produção ainda que insignificante aos olhos dos exploradores, porém culturalmente
riquíssimo.
Após exterminarem em pouco tempo a
população da América inicia-se então a implantação da cultura européia, uma vez
que a civilização que aqui estava desaparece é preciso levantar outra
civilização com novos paradigmas na nova sociedade, que traz consigo culturas
diretamente da Europa. Começa então a dominação sobre todos os povos e a
exploração de terras, culturas submetendo à sua dominação.
Conforme a tele-aula com o professor
Paulo Barrera, entendo que os povos que moravam na América compunham de uma
diversidade de raças, até mesmo quem sabe algumas expulsas da própria Europa,
porque aqui na América não especificamente só no Brasil, mas sim em toda a
América incluindo os futuros países que compões esse vasto continente era
composto por essa diversidade de raças, que segundo o resumo “Dom Quixote e os
moinhos de vento na América Latina” de Aníbal Quijano a idéia de “raça” é produzida para dar sentido às novas relações de
poder entre “índios” e ibéricos, as vítimas originais, primordiais, dessas
relações e dessa idéia são, pois, os “índios”. Há um contexto dessa idéia
de “índios”, pois nos remete a cultura implantada pelos cristãos da
contra-reforma sobre os mulçumanos e judeus do sul da Ibéria e da Europa,
conforme Aníbal Quijano.
Através do trabalho escravo que esses
colonizadores impuseram sobre os “índios” e negros que foram transportados da
África para a América justamente para serem escravos e trabalharem sob o
domínio dos colonizadores, esses extraíram ou saquearam não só a cultura que
aqui estava mas também a extração de ouro principal minério aqui encontrado, o
pau-brasil que foram transportados para a Europa enquanto aqui não se deixava
nada, pelo contrário se tirava o que podia.
A colonialidade que se desenvolveu apartir
do século XV, e oprimiu a América de então, teve que encarar a libertação
desses povos que foram dominados por um longo tempo, porém apartir do século
XVIII começa a despertar nesses povos e penso eu que, através da influência de
pensadores naquela época que já queriam se libertar do colonialismo europeu
surgir de fato a tão bendita libertação de cada país.
Já no século XIX podemos ver um grande
avanço na América em vista do seu passado oprimido e apartir de então começa um
novo momento, pois com a libertação de todos os povos ou país do colonialismo
europeu e por último Cuba, percebe-se ainda certa dependência desse
colonialismo impregnado na América, até porque com o extermínio dos povos que
residiam aqui surgi uma nova sociedade criada por seus opressores e com esse
perfil dominador, fazendo que muita coisa ainda hoje tenha esse vínculo com a
Europa.
Deixando enraizada a briga pelo poder, pois
foi isso que ficou na sociedade implantada e perdurou por muito tempo, fazendo
da América uma de terra de muitas guerras internas no século XIX e o reflexo
dessas guerras foi o atraso em diversas áreas da sociedade fazendo que os
dominadores se aproveitassem desse momento e continuassem a explorar os povos.
Ao refletir hoje sobre esse assunto
que posso estar equivocado em muitas das minhas colocações, mas observo que
ainda há sim pouca, mas tem influência da Europa nesse continente, prova disso
é a produção literária que ainda não conseguimos andar com nossas próprias
pernas, a América, penso eu, esta começando a produzir agora, logo então
somente no futuro poderá dizer se ainda estamos libertos de fato.
Odemir Silva
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