terça-feira, 23 de outubro de 2012

A Constituição dos estados Independentes na América Latina não significou uma superação da situação de colonialidade



A produção histórica da América começa com a chegada dos europeus, que subestimando seus moradores e não os respeitando retira deles tudo o que tem destruindo o que até então poderíamos chamar de produção ainda que insignificante aos olhos dos exploradores, porém culturalmente riquíssimo.
Após exterminarem em pouco tempo a população da América inicia-se então a implantação da cultura européia, uma vez que a civilização que aqui estava desaparece é preciso levantar outra civilização com novos paradigmas na nova sociedade, que traz consigo culturas diretamente da Europa. Começa então a dominação sobre todos os povos e a exploração de terras, culturas submetendo à sua dominação.
Conforme a tele-aula com o professor Paulo Barrera, entendo que os povos que moravam na América compunham de uma diversidade de raças, até mesmo quem sabe algumas expulsas da própria Europa, porque aqui na América não especificamente só no Brasil, mas sim em toda a América incluindo os futuros países que compões esse vasto continente era composto por essa diversidade de raças, que segundo o resumo “Dom Quixote e os moinhos de vento na América Latina” de Aníbal Quijano a idéia de “raça” é produzida para dar sentido às novas relações de poder entre “índios” e ibéricos, as vítimas originais, primordiais, dessas relações e dessa idéia são, pois, os “índios”. Há um contexto dessa idéia de “índios”, pois nos remete a cultura implantada pelos cristãos da contra-reforma sobre os mulçumanos e judeus do sul da Ibéria e da Europa, conforme Aníbal Quijano.
Através do trabalho escravo que esses colonizadores impuseram sobre os “índios” e negros que foram transportados da África para a América justamente para serem escravos e trabalharem sob o domínio dos colonizadores, esses extraíram ou saquearam não só a cultura que aqui estava mas também a extração de ouro principal minério aqui encontrado, o pau-brasil que foram transportados para a Europa enquanto aqui não se deixava nada, pelo contrário se tirava o que podia.
A colonialidade que se desenvolveu apartir do século XV, e oprimiu a América de então, teve que encarar a libertação desses povos que foram dominados por um longo tempo, porém apartir do século XVIII começa a despertar nesses povos e penso eu que, através da influência de pensadores naquela época que já queriam se libertar do colonialismo europeu surgir de fato a tão bendita libertação de cada país.
Já no século XIX podemos ver um grande avanço na América em vista do seu passado oprimido e apartir de então começa um novo momento, pois com a libertação de todos os povos ou país do colonialismo europeu e por último Cuba, percebe-se ainda certa dependência desse colonialismo impregnado na América, até porque com o extermínio dos povos que residiam aqui surgi uma nova sociedade criada por seus opressores e com esse perfil dominador, fazendo que muita coisa ainda hoje tenha esse vínculo com a Europa.
 Deixando enraizada a briga pelo poder, pois foi isso que ficou na sociedade implantada e perdurou por muito tempo, fazendo da América uma de terra de muitas guerras internas no século XIX e o reflexo dessas guerras foi o atraso em diversas áreas da sociedade fazendo que os dominadores se aproveitassem desse momento e continuassem a explorar os povos.
Ao refletir hoje sobre esse assunto que posso estar equivocado em muitas das minhas colocações, mas observo que ainda há sim pouca, mas tem influência da Europa nesse continente, prova disso é a produção literária que ainda não conseguimos andar com nossas próprias pernas, a América, penso eu, esta começando a produzir agora, logo então somente no futuro poderá dizer se ainda estamos libertos de fato.

Odemir Silva

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