Por Odemir Silva
Conforme a professora Doutora
Leni Maria Padilha Henning deixou claro em seu texto, que “Toda esta
problemática, entretanto, apresenta muitas dificuldades, mas também muitas
possibilidades riquíssimas ao professor bem preparado e em cuja identidade se
acomode tranquilamente o seu ser professor e o seu ser filósofo – aspectos
equivocadamente, às vezes, colocados à parte”.
Apartir desse recorte e da minha
experiência em sala de aula quero destacar no tema proposto a importância do
saber ensinar a disciplina Filosofia em contextos diferentes, isto é, de uma
escola para outra que certamente tem muitas diferenças principalmente na
composição dos alunos, quem são? Isso porque já passei por quatro escolas em um
ano e meio, hoje estou apenas em uma.
Penso que o professor de
Filosofia muitas das vezes não é considerado como filosofo, e o filosofo quando
é imerso no mundo acadêmico, isto é, no “chã da escola” muitas das vezes não é
reconhecido como tal. Portanto independente de falta de reconhecimento pelos
alunos, ambos podem desenvolver um papel muito importante na formação dos
alunos.
Observe que o professor tem que
saber ensinar filosofia e aqui imagino que isso seria o “filosofar”, apartir de
então poderemos observar que a sala de aula se tornará uma oficina, que
certamente irá influenciar os demais e como um efeito dominó irá até as suas
casas, trabalhos, no próprio bairro no convívio com amigos e em outros lugares
tudo isso apartir do método usado em sala de aula.
Já o filosofo, penso eu, terá
enquanto profissional da área produzir material que sirvam de análise para os
demais professores e também filósofos. Portanto quando é inserido em uma sala
de aula deverá tomar ciência de práticas docentes que alcance o aluno que
estará distante dos métodos e práticas reais de um filosofo, mas não deixará de
contribuir ou até mesmo construir, fazer da sala de aula uma verdadeira oficina
onde poderá colocar seus conceitos em prática, desde que também devido a
disciplina de Filosofia ser “diferente” para alguns aluno, o filosofo-professor
consiga diminuir essa distância.
Referente a minha experiência
quero compartilhar com o que venho desenvolvendo em uma sala de aula, pois
surgiu uma música (Funk) feita por um aluno para um determinado professor, ao
ouvi - lá percebi que poderia desenvolver um trabalho na qual eu exercitasse o
que venho aprendendo aqui no curso. Procurei o aluno que por certo também
leciono nesta classe e fiz uma proposta para que ele fizesse uma letra contendo
uma idéia de valorização da escola e que após a letra pronta eu digitaria e
passaria para os demais da sala, que iriam também dialogar com a letra
composta. Então disse aos demais que fizessem seus apontamentos dentro de uma
leitura de sua realidade, e para minha surpresa todos cooperaram e no próximo
semestre a música estará pronta. O professor - filosofo ou filosofo -
professor?
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