quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O Filósofo e o Educador: proximidades e diferenças.



Por Odemir Silva

Conforme a professora Doutora Leni Maria Padilha Henning deixou claro em seu texto, que “Toda esta problemática, entretanto, apresenta muitas dificuldades, mas também muitas possibilidades riquíssimas ao professor bem preparado e em cuja identidade se acomode tranquilamente o seu ser professor e o seu ser filósofo – aspectos equivocadamente, às vezes, colocados à parte”.
Apartir desse recorte e da minha experiência em sala de aula quero destacar no tema proposto a importância do saber ensinar a disciplina Filosofia em contextos diferentes, isto é, de uma escola para outra que certamente tem muitas diferenças principalmente na composição dos alunos, quem são? Isso porque já passei por quatro escolas em um ano e meio, hoje estou apenas em uma.
Penso que o professor de Filosofia muitas das vezes não é considerado como filosofo, e o filosofo quando é imerso no mundo acadêmico, isto é, no “chã da escola” muitas das vezes não é reconhecido como tal. Portanto independente de falta de reconhecimento pelos alunos, ambos podem desenvolver um papel muito importante na formação dos alunos.
Observe que o professor tem que saber ensinar filosofia e aqui imagino que isso seria o “filosofar”, apartir de então poderemos observar que a sala de aula se tornará uma oficina, que certamente irá influenciar os demais e como um efeito dominó irá até as suas casas, trabalhos, no próprio bairro no convívio com amigos e em outros lugares tudo isso apartir do método usado em sala de aula.
Já o filosofo, penso eu, terá enquanto profissional da área produzir material que sirvam de análise para os demais professores e também filósofos. Portanto quando é inserido em uma sala de aula deverá tomar ciência de práticas docentes que alcance o aluno que estará distante dos métodos e práticas reais de um filosofo, mas não deixará de contribuir ou até mesmo construir, fazer da sala de aula uma verdadeira oficina onde poderá colocar seus conceitos em prática, desde que também devido a disciplina de Filosofia ser “diferente” para alguns aluno, o filosofo-professor consiga diminuir essa distância.
Referente a minha experiência quero compartilhar com o que venho desenvolvendo em uma sala de aula, pois surgiu uma música (Funk) feita por um aluno para um determinado professor, ao ouvi - lá percebi que poderia desenvolver um trabalho na qual eu exercitasse o que venho aprendendo aqui no curso. Procurei o aluno que por certo também leciono nesta classe e fiz uma proposta para que ele fizesse uma letra contendo uma idéia de valorização da escola e que após a letra pronta eu digitaria e passaria para os demais da sala, que iriam também dialogar com a letra composta. Então disse aos demais que fizessem seus apontamentos dentro de uma leitura de sua realidade, e para minha surpresa todos cooperaram e no próximo semestre a música estará pronta. O professor - filosofo ou filosofo - professor?




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